"Reflexões sobre Modernidade" - Zigmunt Bauman

14/09/2020

                  "REFLEXIONES SOBRE LA MODERNIDAD"  

" A ideia de progresso é pensado não mais a partir do contexto de um desejo de corrida para a frente, mas em conexão com o esforço desesperado para se manter na corrida." (Z. Bauman)


Para uma análise da sociedade contemporânea é imprescindível conhecer e compreender a linha de pensamento do sociólogo polonês, Zygmunt Bauman, expresso nos seguintes temas: Consumismo, Globalização e as transformações nas Relações humanas.

As transformações no cenário mundial com o neoliberalismo modificaram os conceitos de tempo, espaço e indivíduo. Na cultura pós-moderna as identidades plurais em evidência, os momentos de exploração sobre o consumo, sociedade consumista, instável e líquida predomina nas relações humanas. Bauman percebeu que essa nova época é uma continuação da modernidade traçada de forma diferente, com mudanças liquidas a todo tempo.

Para Bauman, a formatação da pós-modernidade da vida social leva a uma condição humana na qual predominam o desapego, o versátil em meio à incerteza, o deslocamento, uma sensação de inadequação, de inconformidade; com isso a origem da crise de identidade do ser perdeu-se em si mesmo e luta para buscar-se.

Nas palavras de Bauman (2008) em sua obra "O Medo Líquido", o medo se torna capaz de impulsionar e se intensificar por si mesmo. Em sua obra "Vida para o consumo" revela que o homem contemporâneo não vive imerso em certezas, modelos e padrões como viviam, mas sim, no extremo oposto.

A ideia de Felicidade para Bauman só pode ser entendida como um lugar ilusório onde há o excesso de decepções fazendo com que a crença de novas promessas não se perca, mas sim permaneça reatualizando a cultura consumista. Para Bauman definir o que significa felicidade é extremamente complexo. A felicidade deve ser conquistada, mas no sistema de consumidores vendem-se promessas de que consumir algo nos fará nos sentirmos melhores e satisfeitos.

Importante enfatizar que nessa obsessiva "Sociedade de consumo" ocorre uma manipulação de "Identidades". Com uma ligeira mudança no ego permite-se que o indivíduo assuma uma nova personalidade, um novo conceito ou se transforma em um novo produto para ser inserido no mercado, experimentando novas sensações e oportunidades, descartando as características da personalidade que já foram construídas anteriormente. A lógica moral foi substituída pela lógica de consumo e as pessoas passaram a ser vistas e valorizadas pelo que elas podem comprar e não pelo que elas são realmente. As pessoas passaram a comprar afeto, atenção e relações sociais além dos bens materiais. O termo conexão é usado por Bauman para nomear os relacionamentos, acumulado em quantidades e superficialidades. Os relacionamentos são desligados e desfeitos a qualquer momento. Relações substituídas por conexões.

Bauman (2008), também se preocupou com a questão da Modernidade. Se anteriormente a sociedade dita moderna era vivida como sólida, com projetos sociais e ideologias condutoras de rumos para os homens, hoje não se tem mais isso. Vive-se, como ele denomina, uma espécie de "Modernidade Líquida", fluida, desapegada de compromissos sociais e políticos, e com um consumismo exacerbado. Essas compulsões levam cada vez mais a individualidade e ao isolamento afetivo como formas de proteção.

A vida moderna mostra a cultura do vazio e impulsiona cada vez mais a ação na busca do prazer e do poder. A sociedade moderna promove o consumo afetando a formação psicossocial dos sujeitos e inclusive alterando sua identidade social.

O mercado capitalista mundial vive uma liberdade ilimitada e o consumo é a medida de uma vida bem sucedida e com felicidade.

Para Bauman, " a sociedade de consumo não é nada além de uma sociedade do excesso e da fartura, portanto da redundância e do lixo farto" (Bauman, 2007,p.111). É o excesso que gera o vazio existencial, aumenta as incertezas pela liberdade de escolha e não é nunca suficientemente excessivo.

No séc. XXI, a modernidade rompe com ideologias e o projeto de emancipação do sujeito que até então tinha vínculos sólidos.

- Quais os efeitos dos tempos Modernos líquidos sobre nós?

- Qual a identidade dos sujeitos na pós-modernidade?

E talvez lancemos uma questão prioritária nesse momento pandêmico, onde nossos caminhos não serão mais os mesmos:

- A sociedade pós-moderna em pleno séc. XXI, em meio a uma crise mundial de saúde trazendo danos irreversíveis à humanidade; continuará com a liquidez, com o vazio, com o supérfluo e com suas identidades rompidas?


Maria Clécia Bento de Oliveira

Claudia Cristina D. G. Marques

Kelly Soraya Marques


Bibliografia consultada:

Bauman, Z. (2008). O medo Líquido. Rio de Janeiro. Ed. Jorge Zahar.

­­____________ (2007). Vida Líquida. Rio de Janeiro, Ed. Jorge Zahar.

____________ (2005). Identidade. Rio de Janeiro. Ed. Jorge Zahar.


Para mais informações sobre o Tema Modernidade Liquida você pode acessar os links abaixo:

- Livro: A Modernidade Líquida - Z. Bauman

https://docs.google.com/viewer?a=v&pid=sites&srcid=ZGVmYXVsdGRvbWFpbnxkYWxpZ2VvYmlibGlvdGVjYXxneDo2NjI3NWI4MDg1MTAxNDI4

- Entrevista: Z. Bauman - Fluidez do mundo líquido. Fronteiras do pensamento/2016.

https://www.fronteiras.com/entrevistas/a-fluidez-do-mundo-liquido-de-zygmunt-bauman

- Entrevista: Z. Bauman - Modernidade Líquida - Programa Milênio/Globo News/2012.

https://www.youtube.com/watch?v=GTu_bycoEEw

- Entrevista: Bauman - Estratégias para a vida - Programa Café Filosófico/2011.

https://www.youtube.com/watch?v=7BbMKM1bcSw

- Professor Leandro Karnal - Bauman e a Modernidade líquida - Palestra IV Encontro Institucional de Magistratura Trabalhista da 5º Região/ 2015.

https://www.youtube.com/watch?v=zKPvRuuLf1U


"REFLEXIONES SOBRE LA MODERNIDAD" - ZYGMUNT BAUMAN

"La idea de progreso ya no se piensa en el contexto de un deseo de avanzar, sino en relación con el esfuerzo desesperado de permanecer en la carrera." (Z. Bauman)


Para el análisis de la sociedad contemporánea es esencial conocer y comprender la línea de pensamiento del sociólogo polaco Zygmunt Bauman, expresada en los siguientes temas: el consumismo, la globalización y las transformaciones de las relaciones humanas.

Las transformaciones del escenario mundial con el neoliberalismo han modificado los conceptos de tiempo, espacio e individuo. En la cultura posmoderna se evidencian identidades plurales, momentos de exploración sobre el consumo, sociedad consumista, inestable y líquido predominan en las relaciones humanas. Bauman se dio cuenta de que esta nueva era es una continuación de la modernidad perfilada de manera diferente, con cambios líquidos en todo momento.

Para Bauman, el formateo de la vida social posmoderna conduce a una condición humana en la que predomina el desapego, la versatilidad en medio de la incertidumbre, el desplazamiento, la sensación de inadecuación, de inconformidad; con ello se pierde el origen de la crisis de identidad del ser y se lucha por buscarse a sí mismo.

En palabras de Bauman (2008) en su obra "El miedo líquido", el miedo se vuelve capaz de conducirse e intensificarse. En su obra "La vida para el consumo" revela que el hombre contemporáneo no vive inmerso en certezas, modelos y patrones como lo hizo, sino en el extremo opuesto.

La idea de la Felicidad para Bauman sólo puede entenderse como un lugar ilusorio en el que existe un exceso de decepciones para que no se pierda la creencia en nuevas promesas, sino que se mantenga la actualización de la cultura consumista. Para Bauman definir lo que significa la felicidad es extremadamente complejo. Hay que ganarse la felicidad, pero en el sistema de consumo se venden promesas de que consumir algo nos hará sentir mejor y satisfechos.

Es importante destacar que en esta obsesiva "sociedad de consumo" hay una manipulación de las "identidades". Con un ligero cambio en el ego, se permite que el individuo asuma una nueva personalidad, un nuevo concepto o se convierta en un nuevo producto para ser insertado en el mercado, experimentando nuevas sensaciones y oportunidades, descartando las características de la personalidad que ya han sido construidas anteriormente. La lógica moral ha sido reemplazada por la lógica del consumidor y la gente ha llegado a ser vista y valorada por lo que puede comprar y no por lo que realmente es. La gente comenzó a comprar afecto, atención y relaciones sociales más allá de los bienes materiales. El término conexión es utilizado por Bauman para nombrar relaciones, acumuladas en cantidades y superficialidades. Las relaciones se desconectan y se deshacen en cualquier momento. Las relaciones son reemplazadas por conexiones.

Bauman (1998), también se ocupó de la cuestión de la modernidad. Si en el pasado la llamada sociedad moderna se vivía tan sólida, con proyectos sociales e ideologías que conducen al hombre, hoy en día ya no tenemos eso. Se vive, como él lo llama, una especie de "Modernidad Líquida", fluida, desvinculada de los compromisos sociales y políticos, y con un consumismo exacerbado. Estas compulsiones conducen cada vez más a la individualidad y al aislamiento afectivo como formas de protección.

La vida moderna muestra la cultura del vacío e impulsa cada vez más la acción en la búsqueda del placer y el poder. La sociedad moderna promueve el consumo afectando la formación psicosocial de los sujetos e incluso alterando su identidad social.

El mercado capitalista mundial vive en libertad ilimitada y el consumo es la medida de una vida exitosa con felicidad.

Para Bauman, "la sociedad de consumo no es más que una sociedad de exceso y abundancia, por lo tanto de redundancia y derroche abundante" (Bauman, 2007,p.111). Es el exceso lo que genera el vacío existencial, aumenta la incertidumbre sobre la libertad de elección y nunca es lo suficientemente excesivo.

En el siglo XXI, la modernidad rompe con las ideologías y el proyecto de emancipación del sujeto que hasta entonces tenía sólidos vínculos.

- ¿Cuáles son los efectos del líquido de los tiempos modernos en nosotros?

- ¿Cuál es la identidad de los sujetos en la posmodernidad?

Y tal vez hagamos una pregunta prioritaria en este momento de pandemia, donde nuestros caminos ya no serán los mismos:

- La sociedad postmoderna del siglo XXI, en medio de una crisis sanitaria mundial que trae consigo daños irreversibles para la humanidad, ¿continuará con la liquidez, con el vacío, con la superfluidad y con sus identidades rotas?


Maria Clécia Bento de Oliveira

Claudia Cristina D. G. Marques

Kelly Soraya Marques


Bibliografía consultada:

Bauman, Z. (2008). El Miedo Líquido. Río de Janeiro. Ed. Jorge Zahar.

____________ (2007). Vida líquida. Río de Janeiro, ed. Jorge Zahar.

____________ (2005). Identidad. Río de Janeiro. Jorge Zahar.


Para obtener más información sobre el tema Modernidad Líquida puede acceder a los siguientes enlaces:

- Libro: La Modernidad Líquida - Z. Bauman

https://docs.google.com/viewer?a=v&pid=sites&srcid=ZGVmYXVsdGRvbWFpbnxkYWxpZ2VvYmlibGlvdGVjYXxneDo2NjI3NWI4MDg1MTAxNDI4

- Entrevista: Z. Bauman - Fluidez del mundo líquido. Fronteras del pensamiento/2016.

https://www.fronteiras.com/entrevistas/a-fluidez-do-mundo-liquido-de-zygmunt-bauman

- Entrevista: Z. Bauman - Modernidad liquida - Programa Millennium/Globo News/2012.

https://www.youtube.com/watch?v=GTu_bycoEEw

- Entrevista: Bauman - Estrategias para la vida - Programa Café Filosófico/2011.

https://www.youtube.com/watch?v=7BbMKM1bcSw

- Profesor Leandro Karnal - Bauman y la Modernidad liquida - Conferencia IV Encuentro Institucional de la Magistratura del Trabajo de la 5ª Región / 2015.

https://www.youtube.com/watch?v=zKPvRuuLf1U