Setembro Amarelo Septiembre Amarillo
ALERTA A PREVENÇÃO NOS CASOS DE SUICÍDIO - UM ENFOQUE PSICOSSOCIOLÓGICO NOS DIAS ATUAIS.
ALERTA A LA PREVENCIÓN DE LOS CASOS DE SUICIDIO. UN ENFOQUE PSICOSOCIOLÓGICO EN LOS DÍAS DE
HOY.
SETEMBRO AMARELO - ALERTA A PREVENÇÃO NOS CASOS DE SUICÍDIO. UM ENFOQUE PSICOSSOCIOLÓGICO NOS DIAS ATUAIS.
O Setembro Amarelo é uma campanha brasileira de prevenção ao suicídio, iniciado em 2015. O mês de setembro foi escolhido para a campanha, desde 2003 e o dia 10 de setembro é o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, onde seu principal objetivo é a conscientização sobre a prevenção do suicídio, buscando alertar a população a respeito da realidade da prática no Brasil e no Mundo.
A depressão e o suicídio, constituem dois sérios problemas de saúde pública, sob um enfoque psicossociológico atualmente; de um lado a depressão, com a falta dos vínculos afetivos e sociais e do outro o suicídio como a fuga da realidade e anulação.
DURKHEIM (2000), um grande clássico teórico da sociologia , em sua obra: "O Suicídio", destaca a influência da depressão sobre o ato suicida quando define os tipos de suicídio nos estados psicopáticos. Segundo ele o suicídio "melancólico", relaciona-se a um estado de extrema depressão, que faz com que o doente já não consiga mais apreciar de maneira sadia as relações com ele, as pessoas e coisas que o cercam.
Importante destacar que na atualidade, os fenômenos da depressão e do suicídio encontram-se em todos os espaços sociais, independente de classe econômica social ou cultural, sexo e idade. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), desde a década de 1990 a depressão ocupa uma posição de destaque no racking dos problemas de saúde coletiva, sendo a quarta doença mais onerosa de todas as doenças em um aspecto intercontinental.
A teoria da representação social é uma forma sociológica de psicologia social que surgiu com a publicação do estudo La Psychanalyse: son image et son public (MOSCOVICI, 1961), onde explica como os pensamentos se estruturam e se organizam em relação ao contexto social, ou seja, acrescenta novos elementos às ideias contidas na teoria da representação coletiva e essa representação social se situa na fronteira entre a psicologia e a sociologia.
A centralidade desse conceito sobre a representação social é muito importante, pois, se refere à maneira de o indivíduo pensar e interpretar o cotidiano; constitui em si um conjunto de imagens e é dotada de um sistema de referências que o permite interpretar sua vida e a ela dar sentido.
Sociologicamente podemos considerar que o conhecer as representações sociais da depressão e do suicídio, permite-nos compreender cientificamente esses fenômenos, a partir de um conhecimento socialmente elaborado e partilhado.
Artigos científicos evidenciam que o quadro depressivo é vivenciado com maior frequência no sexo feminino: tristeza, solidão, humor, desânimo e sentimento de culpa, desajustes familiares, tem ligação com o comportamento suicida na maioria das vezes.
Com a pandemia da COVID-19, as taxas de adoecimento mental e de suicídio se ampliaram cada vez mais; devido às inúmeras mudanças implementadas, alterando profundamente e drasticamente o cotidiano das pessoas; sem contar com um agravante muito forte representado pelo distúrbio de ansiedade social e coletivo da incerteza do amanhã; também o conviver com as notícias da mídia sobre a falta de leitos e as mortes. Tudo isso gera medo de perder pessoas que nos são próximas e medo de morrer.
Nessa complexidade de problemas sociais e desafios a enfrentar; a desigualdade social e desemprego também são determinantes sociais para o suicídio, hoje compreendido como um fenômeno de transtorno multidimensional, pois envolve fatores biológicos, sociais, psicológicos, mentais e ambientais.
Diante de um cenário mundial desalentador frente a pandemia, nos deparamos com as consequências neuropsíquicas e sociais que levam o indivíduo em seu meio social a se desestruturar e escolher o suicídio. A saber, que nesse contexto precisamos nos conscientizarmos sobre a prevenção, através de diversas campanhas que despertem nos indivíduos as múltiplas formas de interação solidária, compreender que a "vida humana" perpassa todo o inconformismo individual, social e desequilíbrios nela contida.
É válido ressaltar a questão do preconceito inerente a sociedade acerca das doenças psicológicas, destacando o conceito arraigado de que se eu estou doente, vejo a doença em uma parte do meu corpo, não no contexto mental.
As questões relacionadas a saúde mental são silenciosas, porque as pessoas podem querer se isolar ou ficar mais quietas, o que é normal, contudo, devemos atentar que esse comportamento pode estar escondendo uma questão de ordem emocional, afetiva ou espiritual, como uma depressão.
Sendo assim, a partir do momento em que os entes próximos, amigos e pessoas que compartilham de alguma intimidade reconhecem uma mudança no padrão de comportamento do indivíduo, deve procurar um profissional da saúde e pedir auxílio sobre tal.
Importante compreender que algo diferente que está acontecendo dentro do cérebro do ser, mas que é passível o seu reconhecimento como uma doença, para assim proceder o tratamento adequado, além da possibilidade de promover a prevenção dos casos extremos.
A conscientização começa por fazer com que a sociedade perceba que não é motivo para medo ou vergonha de reconhecer uma fragilidade. A percepção de que estamos nesse mundo para viver e nos relacionar, por isso a necessidade e importância de falar abertamente sobre o assunto, a saber que vai muito além do Setembro Amarelo.
Falar a respeito de uma forma clara e aberta, e não só em setembro, mas o ano inteiro com um olhar carinhoso, atento e acolhedor é extremamente fundamental. A chave da prevenção está na comunicação e na instrução adequada para todas as pessoas.
Maria Clécia Bento de Oliveira
Claudia C.D. Granito Marques
Kelly Soraya Marques
Maria Laura D. Granito Marques
Para mais informações sobre o Tema, segue links abaixo com indicação de sites, filme, artigos e livros:
- Campanha Setembro Amarelo
https://www.setembroamarelo.com
- Setembro Amarelo: por que é tão relevante falar sobre a prevenção do suicídio?
https://escoladainteligencia.com.br/setembro-amarelo-por-que-falar-sobre-a-prevencao-do-suicidio/
- Setembro Amarelo: Prevenir o suicídio é educar.
https://novaescola.org.br/conteudo/18287/setembro-amarelo-prevenir-o-suicidio-e-educar
- Filme: O Vendedor de Sonhos (2016) - Baseado nos livros de Augusto Cury - O Vendedor de Sonhos. Direção Jaime Monjardim, Warner Bros. Enterteinment.
Trailler - https://www.youtube.com/watch?v=SCeqv25x7_Q
Disponível em Netflix, Youtube (comprar ou alugar).
- Livro: O Suicídio - E.Durkheim
- Livros de S. Moscovici
Centro Internacional de pesquisa em representações e psicologia social "Serge Moscovici"
UNB - Universidade de Brasilia.
https://www.centromoscovici.unb.br/2013-01-24-17-28-35/2012-11-18-02-41-39
Bibliografia consultada:
- DURKHEIM, E. (2000). O Suicídio- Estudos de Sociologia. Trad.: Monica Stahel. São Paulo, Martins Fontes.
-MOSCOVICI,S. (1978 ). A representação social da Psicanálise. R.J: Zahar
-MOSCOVICI, S. ( 1961). La Psychanalyse Son Image et son Publicacion . Paris, Press Universitares de France.
- Campanha Setembro Amarelo
https://www.setembroamarelo.com
SEPTIEMBRE AMARILLO - ALERTA A LA PREVENCIÓN DE LOS CASOS DE SUICIDIO. UN ENFOQUE PSICOSOCIOLÓGICO EN LOS DÍAS DE HOY.
El Septiembre Amarillo es una campaña brasileña de prevención del suicidio, iniciada en 2015. El mes de septiembre fue elegido para la campaña, desde 2003 y el 10 de septiembre es el Día Mundial de Prevención del Suicidio, donde su principal objetivo es conciencia de la prevención del suicidio, buscando alertar a la población sobre la realidad de la práctica en Brasil y en el mundo.
La depresión y el suicidio son dos problemas graves de salud pública, hoy bajo un enfoque psicosociológico; por un lado, la depresión, con la falta de vínculos afectivos y sociales y por otro, el suicidio como escape de la realidad y anulación.
DURKHEIM (2000), gran teórico clásico de la sociología, en su obra: "O Suicídio", destaca la influencia de la depresión en el acto suicida cuando define los tipos de suicidio en estados psicopáticos. Según él, el suicidio "melancólico" está relacionado con un estado de depresión extrema, que hace que el paciente ya no sea capaz de apreciar de forma sana las relaciones con él, las personas y las cosas que le rodean.
Es importante resaltar que en la actualidad, los fenómenos de depresión y suicidio se encuentran en todos los espacios sociales, independientemente de la clase económica social o cultural, sexo y edad. Según la Organización Mundial de la Salud (OMS), desde la década de 1990, la depresión ha ocupado un lugar destacado en el atormentador de los problemas de salud colectiva, siendo la cuarta enfermedad más cara de todas las enfermedades en un aspecto intercontinental.
La teoría de la representación social es una forma sociológica de la psicología social que surgió con la publicación del estudio La Psychanalyse: son image et son public (MOSCOVICI, 1961), explica cómo se estructuran y organizan los pensamientos en relación al contexto social, es decir añade nuevos elementos a las ideas contenidas en la teoría de la representación colectiva y esta representación social se encuentra en la frontera entre psicología y sociología.
La centralidad de este concepto sobre la representación social es muy importante ya que se refiere a la forma de pensar e interpretar la vida cotidiana del individuo; se constituye en un conjunto de imágenes y está dotado de un sistema de referencias que le permite interpretar su vida y darle sentido.
Sociológicamente podemos considerar que conocer las representaciones sociales de la depresión y el suicidio, nos permite comprender científicamente estos fenómenos, a partir de un conocimiento socialmente elaborado y compartido.
Los artículos científicos muestran que la condición depresiva que se experimenta con mayor frecuencia en las mujeres: tristeza, soledad, humor, desánimo y culpa, desajustes familiares, está mayoritariamente relacionada con la conducta suicida.
Con la pandemia de COVID-19, las tasas de enfermedades mentales y suicidios han aumentado constantemente; por los innumerables cambios implementados, que alteran profunda y drásticamente la vida cotidiana de las personas; por no hablar de un agravamiento muy fuerte que representa el trastorno de ansiedad social y colectiva de la incertidumbre del mañana; también para vivir con las noticias de los medios sobre la falta de camas en hospital y las muertes. Todo ello genera miedo a perder personas cercanas a nosotros y miedo a morir.
En esta complejidad de problemas sociales y desafíos a enfrentar; la desigualdad social y el desempleo también son determinantes sociales del suicidio, ahora entendido como un fenómeno de trastorno multidimensional, ya que involucra factores biológicos, sociales, psicológicos, mentales y ambientales.
Frente a un panorama mundial lúgubre frente a la pandemia, nos enfrentamos a las consecuencias neuropsíquicas y sociales que llevan al individuo en su entorno social a colapsar y optar por el suicidio. Es decir, que en este contexto debemos tomar conciencia de la prevención, a través de diversas campañas que despierten en los individuos las múltiples formas de interacción solidaria, y entender que la "vida humana" impregna todos los inconformismos y desequilibrios individuales y sociales que contiene.
Vale la pena enfatizar el tema de los prejuicios inherentes a la sociedad sobre las enfermedades psicológicas, resaltando el concepto arraigado de que si estoy enfermo, veo la enfermedad en una parte de mi cuerpo, no en el contexto mental.
Los temas relacionados con la salud mental son silenciosos, porque las personas pueden querer aislarse o estar más tranquilas, lo cual es normal, sin embargo, debemos tener en cuenta que este comportamiento puede estar ocultando un tema emocional, afectivo o espiritual, como la depresión.
Por lo tanto, desde el momento en que familiares, amigos y personas que comparten cierta intimidad reconocen un cambio en el patrón de comportamiento del individuo, se debe buscar un profesional de la salud y pedir ayuda al respecto.
Es importante entender que algo diferente está sucediendo dentro del cerebro del ser, pero que se puede reconocer como una enfermedad, para poder proceder con el tratamiento adecuado, además de la posibilidad de promover la prevención de casos extremos.
La conciencia comienza haciendo que la sociedad se dé cuenta de que no es motivo de miedo o vergüenza reconocer una debilidad. La percepción de que estamos en este mundo para vivir y relacionarnos, de ahí la necesidad e importancia de hablar abiertamente sobre el tema, es decir, que va mucho más allá del Septiembre Amarillo.
Hablar de ello de forma clara y abierta, y no solo en septiembre, sino durante todo el año y con una mirada solidaria, atenta y acogedora es fundamental. La clave de la prevención está en la comunicación y la educación adecuada para todas las personas.
Maria Clécia Bento de Oliveira
Claudia C.D. Granito Marques
Kelly Soraya Marques
Maria Laura D. Granito Marques
Para más información sobre el tema, sigue los siguientes enlaces con sitios web, artículos de películas y libros:
- Campanha Setembro Amarelo
https://www.setembroamarelo.com
- Setembro Amarelo: Por que é tão relevante falar sobre a prevenção do suicídio?
https://escoladainteligencia.com.br/setembro-amarelo-por-que-falar-sobre-a-prevencao-do-suicidio/
- Película: O Vendedor de Sonhos (2016) - Baseado nos livros de Augusto Cury - O Vendedor de Sonhos. Direção Jaime Monjardim, Warner Bros. Enterteinment.
Trailler - https://www.youtube.com/watch?v=SCeqv25x7_Q
Disponible en Netflix, Youtube (comprar ou alugar)
- Setembro Amarelo: Prevenir o suicídio é educar.
https://novaescola.org.br/conteudo/18287/setembro-amarelo-prevenir-o-suicidio-e-educar
- Libro: O Suicídio - E. Durkheim
- Libros del S. Moscovici
Centro Internacional de pesquisa em representações e psicologia social "Serge Moscovici"
UNB - Universidade de Brasilia.
https://www.centromoscovici.unb.br/2013-01-24-17-28-35/2012-11-18-02-41-39
Bibliografía consultada:
- DURKHEIM, E. (2000). O Suicídio- Estudos de Sociologia. Trad.: Monica Stahel. São Paulo, Martins Fontes.
-MOSCOVICI,S. (1978 ). A representação social da Psicanálise. R.J: Zahar
-MOSCOVICI, S. ( 1961). La Psychanalyse Son Image et son Publicacion. Paris, Press Universitares de France.
- Campanha Setembro Amarelo https://www.setembroamarelo.com